31 de jul. de 2011

Novas postagens.

A cada dia o blog recebe novas visitas e infelizmente eu nao tenho novidades diarias, pois nao pretendo falar sobre a gestacao aqui. Eu peco que voces, visitantes ou cuirosos, retornem periodicamente ou insiram seus emails na caixa apropriada do menu a direita, assim receberao por email a notificacao de cada novo post.
Peco tambem que divulguem amplamente este blog nas redes socias e sobretudo para seus contatos que lidam com gestantes, seja na rede publica ou privada, por que eu acredito sinceramente que o reconhecimento do tipo de conduta que se pode ter no sistema seja o primeiro passo para que ele possa ser aperfeicoado.
Te mais!

25 de jul. de 2011

Exame de Urina na Secretaria de Saúde.

O exame de urina é feito (colhido) na secretaria de saúde.
Jejum de 12 horas, portas fechadas às 7h, um frio absurdo e nenhum telhadinho para cobrir nossas cabeças. Ao entrar, mais pessoas do que cadeira. Muitas grávidas e muitos idosos. Muito mais gente sem noção que não cede o lugar.
O atendimento na secretaria é bom, respeitoso e relativamente rápido. Só nao entendi por que o exame de sangue é feito na UBS e o de urina na secretaria.
Em ambos eu senti uma "falha"... a maioria dos exames é feita em jejum e não tem um copinho de chá disponível pra gente tomar depois...

Sem questionamentos desta vez.

19 de jul. de 2011

Visita da dupla da Saúde da Família.

Recebi a visita de duas agentes de saúde, do grupo de Saúde da Família. Uma delas estava recebendo instruções da outra, assumindo o cargo, aparentemente. Esqueci o nome delas.
Elas tinham uma ficha com o meu nome e endereço e nenhuma informação sobre minha saúde que pudesse constar dos arquivos da UBS ou desta gestação. Ou seja, apesar de eu ter ido ao posto duas vezes só na gravidez e de existir um prontuário com as minhas informações e acesso a elas através de um computador, elas vieram me visitar sem saber nada. Então perguntaram tudo de novo: idade, data da última menstruação, idade gestacional, partos anteriores, etc. Queriam ver carteirinha de vacinação, mas eu não sei onde está. Disse que tinha o cartão de gestante das outras gestações onde consta esta informação e elas pediram pra levar na próxima consulta.
Trouxeram o pedido da US que eu queria ter feito, mas como eu resolvi isso em clínica particular, elas levaram de volta avisando que passariam a solicitação pra outra gestante.
Fora isso, perguntaram se me sinto bem, se está tudo certo com a gestação, coisas básicas.
Ah, também perguntaram sobre a carteirinha de vacina das crianças. Não entendi o que tem o pré natal a ver com a vacinação deles, mas tudo bem.

Meus questionamentos:
- Qual é o objetivo dessa visita? Se era pra perguntar coisas sobre a gestaçao que são detectadas na consulta de pré natal, por que eles simplesmente não consultam o arquivo?

15 de jul. de 2011

1º Exame Laboratorial - coleta de sangue no posto.

Decidi que vou comentar questões da administração do posto de saúde também. Por que eu estou usando o serviço público pela primeira vez e tudo é novidade.

O papel de solicitação do exame dizia: jejum de 12 horas, coleta às 7h.
Eu moro a 3 quadras do posto, então saí de casa uns 10 minutos antes. Quando eu cheguei lá, fui na recepção, entrei na fila imensa pra ouvir da recepcionista que os exames eram feitos em outra porta.
Fui até lá e dei de cara com umas vinte pessoas esperando. Fiquei em pé, do lado de fora, no frio, aguardando que a porta abrisse pra que eu pudesse perguntar se era ali mesmo, já que não tinha nenhuma placa, nenhum aviso. A porta abria e fechava tão rápido, que eu perdi a chance de perguntar umas 3 vezes.
Então eu decidi perguntar para as pessoas se era ali mesmo e o que eu devia fazer. Disseram que era ali e que eu tinha que dar meu papel de solicitação do exame pra técnica, que ela colocaria no monte e chamaria meu nome. Fiquei em pé ao lado da porta que abre e fecha, e quando estendi meu papel pra ela, ouvi:
- Ih, mas agora já está tarde! Por que você não chegou às 7 horas?
Então eu expliquei que tinha passado do outro lado primeiro e que chegando ali, fiquei sem saber o que fazer com o papel por que não tinha nenhuma orientação. Ela disse que só pegava os exames até no máximo 7:20h, que essas eram as regras do Sr. W. (aparentemente uma espécie de gerente do posto), por que se eles pegassem exames depois dessse horário não dava tempo de fazer todas as coletas e aprontar tudo até a hora em que o carro da secretaria de saúde passava recolhendo este material.
Eu disse que não sabia das regras, que as regras deviam ser claras para todos, deviam estar expostas em algum lugar, por que se não for assim, fica difícil seguir.
No fim, ela aceitou meu papel (até por que eram 7:25h no máximo) e disse pra eu ficar atenta então, por que da próxima vez não iam aceitar. Essa técnica já me conhecia por causa de outras atividades minhas e também por ser praticamente minha vizinha.

Fui a última a ser atendida. A técnica /vizinha perguntou por que eu estava colhendo sangue e ficou surpresa quando eu disse que era por causa da gestação. Deu parabéns, e comentou com a outra técnica que dividia a sala com ela:
- Essa moça teve o neném dela em casa, olha que doida! Dessa vez vai ser em casa também?
Consenti.
- E vai ser sem assistência de novo?
Expliquei que o parto não tinha sido sem assistência, que eu tive o acompanhamento de duas enfermeiras obstetricas e uma doula. E ela disse que "todo mundo" achava que eu tinha feito tudo sozinha.

Coleta feita, agradeci e fui embora.

Meus questionamentos:
- Por que as regras não são ditas e não ficam expostas, pregadas na parede?
- Por que eu só tenho 25 minutos de tolerância na entrega de um papel para fazer um exame se ele é necessário e eu sou obrigada a fazer?
- Por que o exame não é feito na secretaria de saúde, assim a questão do tempo estaria limada?
- Por que eu posso esperar uma hora para ser atendida e o mesmo não vale pra quem vai me atender?

12 de jul. de 2011

Consulta "fora de hora" no posto.

A dor na altura do ovário permanece.
Eu fiquei cismada, achando que o embrião pudesse estar se desenvolvendo fora do útero (no ovário ou na trompa), como já aconteceu com uma amiga muito próxima e que é algo possível de acontecer, conhecido como gestação ectópica. E por isso eu fui ao posto ver se a EO J. podia me atender e passar um pedido de ultrassom.
Ela riu quando eu disse a minha queixa. Não de uma forma debochada, mas também nenhum pouco acolhedora. Perguntou: de onde você tirou isso?
Ela disse que não era tão simples conseguir um encaminhamento de US, que mesmo que ela conseguisse, não seria pra já. Mas que ela ia ver o que conseguia fazer, que era pra eu passar lá no dia seguinte pra pegar o encaminhamento. Também me disse que não ia adiantar ir até a maternidade de referência, por que eles só atenderiam se eu estivesse com sangramento.
Então eu disse pra ela que sairia dali e procuraria uma clínica particular e que se eu não fosse buscar o encaminhamento, era por que tinha conseguido fazer o exame por conta própria.

Saí de lá e fui atrás de um lugar que pudesse me encaixar e fazer o exame sem o encaminhamento de um médico. Cinco clínicas depois, eu consegui. US transvaginal apontando gestação tópica, de feto único, com 6/7 semanas. Tudo bem com a gente.
O ultrassonografista fez o seguinte comentário durante o exame: situação complicada essa a minha, né? Seu marido é ciumento?


8 de jul. de 2011

1ª Consulta de Pré Natal.

Senti dores fortes na altura do ovário esquerdo e achei melhor iniciar logo o pré natal na UBS, por que se precisasse passar pela emergência da maternidade, deveria ter o cartão da gestante com a indicação da maternidade de referência no atendimento.

Fui atendida pela EO J., que puxou meu pequeno histórico de passagem em consultas pelo posto.
Ela confirmou meus dados pessoais, como idade e endereço. Perguntou se minhas vacinas estavam em dia e se eu tinha feito o exame de sangue e disse que eu deveria levar ao posto na próxima consulta.
No meu histórico apenas os dados sobre exames preventivos (papanicolau) e algumas infomações sobre os partos anteriores. Ela pergunta se este bebê também vai nascer em casa. E eu confirmo.
Ela sai da sala.

Quando volta, preenche alguns dados do cartão da gestante. Pergunta a data da última menstruação: 20/05/2011. Calcula a data provável do parto: 20/02/2012. Preenche informações sobre histórico clínico sem perguntar nada, provavelmente baseada nas informações do histórico. A saber: abortos, filhos vivos, peso de RNs e tabagismo.
Ela me entrega o cartão da gestante e uma folha com pedido de exame de sangue e urina. Ela diz que preciso agendar os exames na farmácia do posto. E marca a próxima consulta para o dia 15/08/2011.
Nenhuma orientação sobre nada.

Em outra sala ela mede a minha pressão arterial, minha estatura e meu peso. Eu estava com blusas pesadas e a balança marcou  (85.8) mais do que eu realmente pesava nesta data (83). Eu disse isso a ela e ela não considerou. Nos despedimos.

Fui até a farmácia, marquei os exames e fui embora. Da atendente da farmácia a orientação que recebi é que usaria o mesmo papel de pedido para os dois exames, que seriam feitos em lugares diferentes, então eu não devia deixar o papel no local onde fizesse o primeiro exame.

Meus questionamentos:

- A data provável do parto não deveria coincidir com as 40 semanas de gestação?
- Não existe uma forma bem simples de fazer esta conta, que consiste em acrescentar 7 dias ao dia da DUM e 9 meses ao mês da DUM, neste caso portanto, a DPP seria 27/02/2012?
- Para determinação precisa de IG não seria correto pedir uma US nesta consulta?
- Meu último parto aconteceu a 3 anos. De lá para cá eu poderia ter abortado, parido outro filho com peso inferior a 2.500gr ou superior a 4.000gr, poderia ter começado (ou voltado) a fumar ou usar qualquer outro tipo de drogas ou ainda desenvolvido alguma doença relevante ao pré natal? Ela não deveria ter perguntado isso?
- Nesta IG eu deveria tomar ácido fólico ou algum outro medicamento?

Foi a partir desses questionamentos internos que eu decidi escrever este blog. Vou relatar tudo o que acontecer, sem colocar o meu sentimento nos fatos, mas expondo os questionamentos que eu tiver sobre esta assistência.
Espero que meu relato ajude as pessoas a refletirem sobre a qualidade do atendimento obstetrico que recebem e principalmente que os profissionais que atuam seguindo as recomendações da OMS e o bom senso profissional, possam ajudar a elucidar estas questões.

Até a próxima.